Como Lidar Com A Ansiedade Nestes Tempos De Pandemia

Vou dar uma pausa na nossa pauta de moda, estilo e consultoria pra falar um pouquinho de ansiedade e de como lidar com ela nestes tempos de pânico e pandemia. Tempos que mesmo pra quem não é ansioso, rola uma certa ansiedade, porque né, só de pensar no que está acontecendo e na incerteza de quando tudo isso vai terminar (e sim, vai terminar!), o coração vai à boca disparado e a mente gira junto.

E sim, a ansiedade está no ar e está tão densa e profunda que não precisa nem ser empática pra sentir. E vou falar de ansiedade sob o meu ângulo, o de uma leiga, de uma NÃO especialista em ansiedade, sem PHD na área, mas que há uns anos sofreu de um ataque de horror por 3 semanas sem interrupção porque o meu nível de vitamina D se elevou muito acima do normal (tomei prescrita por um nutrólogo, diga-se) e como efeito colateral, tive este ataque terrível de ansiedade pela primeira vez na vida. Verdade que sempre fui um pouco ansiosa, mas algo normal. Pra mandar esta crise passear eu tive que esperar o nível baixar pro normal já que não tinha o que fazer pra reverter o quadro da noite pro dia. Mas até lá eu tive que ter paciência e me virar pra segurar a barra da crise por 3 semanas.

E me virei. E é por isso que eu acho que eu posso ajudar um tantinho nessa.

Justamente por ter passado por isso, sei bem que não adianta palavras de encorajamento, positividade ou coisas do tipo, porque na escuridão da ansiedade não tem luz, nem no fim do túnel. Aliás, nem dá pra notar que a gente está num túnel. Porque está tudo um breu só. E aí falta ar, falta perspectiva, falta esperança, falta calma e sobra desespero, tristeza, desalento…

Você fica num buraco profundo e sem saída. E é desesperador. Enlouquecedor.

Mesmo assim sobrevivi. Porque a gente sobrevive. Como? Com paciência, cuidado comigo mesma, having my back, respirando, inspirando e expirando. E sobretudo, “combatendo” a minha mente ansiosa com a minha mente racional porque eu sabia que estava naquele buraco negro por causa do nível de vitamina D. Verdade que os efeitos colaterais que isso podiam me causar me atormentavam o tempo todo. Mas combati cada um racionalmente, sendo prática, fazendo o que estava ao meu alcance pra suavizar o impacto: evitando comer alimentos ricos em cálcio porque um efeito bem ruim do excesso da vitamina D (vitamina que na verdade é um hormônio, diga-se) é a calcificação em lugares indesejados e perigosos como nas artérias do coração, cérebro e rins, por exemplo. E tomando K2 pra levar o cálcio pro lugar certo.

Mesmo apavorada fiz tudo o que podia pra evitar o pior. E isso ajudava a manter a minha mente focada, ocupada e quase distraída (porque fui estudar um pouco isso também) e a me manter em ação. Porque a inércia per se nestes casos é enlouquecedora. Porque te faz ruminar toda esta ansiedade. Parece que concentra e potencializa mais a própria. E aí ela vem com tudo. Nesse momento, a não ser que você seja um monge, não vai conseguir suavizar a onda de ansiedade que vai te tomar. Meditar, pensar positivo, até mesmo experimentar sentir esta onda como ela vem e deixar ela ir, não vai ajudar. Respirar, lenta e profundamente até pode. Mas o que me ajudou mesmo foi recorrer à minha mente racional, a fazer o que eu podia fazer pra evitar o pior, foi fazer o meu melhor e me manter em movimento, andando enquanto a doideira da minha mente ansiosa comandava. Isso deu uma contrabalançada.

E dá pra fazer o mesmo com as crises de ansiedade desta pandemia. Fazendo o que a gente pode pra desacelerar o contágio com distanciamento físico (aka social), ficando em casa, lavando as mãos adequadamente sempre (ou usando álcool gel), desinfetando as superfícies, mantendo distância de 2 metros quando tivermos que sair, tossindo ou espirrando cobrindo o nariz e boca com o cotovelo ou papel descartável, protegendo os mais vulneráveis e nos cuidando, cuidando do nosso sistema imunológico, comendo bem, desestressando, dormindo bem… Sei que muitas vezes fica difícil, mas procure o que funciona pra você e aplique. Vale muito a pena.

Outra coisa importante: não fique o tempo todo lendo sobre o assunto. Tem muita informação, o que por si só pode desencadear uma crise de ansiedade. E tem também muita informação errada, alarmista que não vai ajudar em nada. Mesmo porque as coisas vão mudando e muitas vezes elas acabam não sendo verdade. Se mantenha informada, mas sem exageros. E quando começar a sentir que o ar começa a escassear, se desconecte. Eu sei que muitas vezes é difícil fazer isso, especialmente se você é como eu e adora saber o que está acontecendo. Mas pela sua saúde mental, dê um tempo. Sempre que sentir que a ansiedade está batendo.

E se mantenha ocupada, com afazeres domésticos, um livro, um papo sobre amenidades com as amigas por video chat… porque né, nos tempos privilegiados de hoje em dia, dá muito bem pra socializar e em grupo até mantenho o distanciamento físico.

Outra coisa que pode ajudar é falar sobre isso. Ou escrever. Eu nunca fui muito este tipo de pessoa. Prefiro conversar comigo mesma. Mas se você gosta de se abrir, se abra com alguém que lhe acolha. Não precisa esconder, nem reprimir o que você sente. Botar pra fora pode aliviar e muito o que você está sentindo. Porque é uma maneira de não deixar a ansiedade ali parada, estagnada, te sufocando. Movimentá-la é o jeito. Se precisar chorar, chore, se quiser gritar, grite.

Outras maneiras de movimentar a ansiedade é dançando e sacudindo, literalmente.

E sim, eu tive e ainda tenho crises de ansiedade com esta pandemia. Nada a ver com vitamina D desta vez, mas se comparada com a que tive anos atrás essa é até fichinha pra mim. E olha que não estou menosprezando a de agora. É que a anterior foi insana. Mesmo. Nessa de agora eu consigo suavizar respirando profundamente, meditando, ficando comigo e com a ansiedade que me toma. Com essa eu consigo reconhecer, acolher, deixar transbordar até se evaporar com respiração e relaxamento. Acho que as minhas práticas diárias de Meditação Transcendental, Reiki e Kundalini Yoga contribuíram e muito pra que hoje em dia eu consiga lidar com a minha crise de ansiedade desta maneira.

Eu não sei se você faz uso de alguma atividade que te dê ferramentas pra lidar com a sua crise de ansiedade. Se tiver, use-as. Se não tiver e quiser experimentar pra ver se te ajuda, no momento tem um monte de lives no instagram e facebook de aulas de Yoga, Meditação e afins. Dê uma browseada. Tente. Experimente. Porque sim, você tem que experimentar as coisas pra ver quais funcionam pra você. Somos diferentes uns dos outros. O que funciona pra mim pode não surtir o mesmo efeito e vice-versa. E às vezes o que funcionou pra gente uma vez não vai funcionar de novo, como ilustrei acima. Mas que vai ter algo que vai funcionar pra cada uma de nós, aí isso tem. Mas pra isso tem que ir lá buscar.

Se quiser experimentar a Yoga Kundalini, dá uma olhada no IGTV da Medicina da Consciência (@medicinadaconsiciência). Lá tem vídeos de aulas de 1 hora e um específico informa tudo o que você precisa saber se nunca experimentou Kundalini antes. E sim, os vídeos ficam lá pra serem acessados quando você quiser praticar. As lives são de segunda a sexta as 8 AM. E tem também Meditações. Lá e no instagram do Kleber (@meditacaokleber) todo dia às 19h.

E se mesmo assim a sua ansiedade continuar e não melhorar ou se com você não está surtindo efeito algum, procure um profissional competente que te escute pra te ajudar a lidar com ela. Precisar de ajuda e pedir esta ajuda não é nenhum demérito, muito pelo contrário. Como estamos de quarentena, talvez a sua melhor opção seja procurar alguém que dê consulta online. Só se certifique que a pessoa é de fato qualificada para tal.

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